quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

“Estão me fazendo de Palhaço!”... que assim seja!


“Estão me fazendo de Palhaço!”... que assim seja!

Discordo totalmente quando as pessoas em se achando em estado de indignação se menosprezam depreciando Aquele que É a Alegria Perfeita, colocando narizes vermelhos em manifestações, apitando, postando aqui e ali ou escrevendo isso e aquilo em cartazes contra alguma coisa:

-“Estão me fazendo de palhaço!"
- “Não me façam de palhaço!”
- “Tá achando que sou palhaço?”

Ser PALHAÇO é lindo!

Ser PALHAÇO é Loucura Varrida e Voada, é ser Pobre e Nojento, é ser Aquele que tudo pode por tudo crer na possibilidade e na luta pela transformação, pela revolução contra as injustiças, pela re-evolução do próprio sentimento/pensamento por ações em que se re-vira-voltam para re-voltar o Mundo aos eixos da dignidade.

O PALHAÇO dá a cara e o nariz avermelhado como um grande coração ébrio de Amor e Paixão aflorado no sorriso, para também chamar à co-moção aqueles que não se indignaram internamente com a necessária força - e imprescindível boa-vontade - para sair do lugar-comum das re-ações-contra-ações forçadas numa meia-atitude impulsiva que não sai do limite do lugar-dos-idiotas, o “id”.

Freud explica!

As escolas e as mídias estão aí, re-produzindo à exaustão os choques à moda dos tratamentos des-humanos, eletro-cutucando as gentes para que se mantenham apenas dentro desse limite de in-consciência do cidadão-comum cheio de direitos e deveres obedecendo a cartilha do be-a-blá-blá-bla da sociedade democrática. Nossa sociedadezinha adoentada de mens in-sana in corpore in-sanos vai (de)formando em série todo ser humano que segue na onda das ilusões e fantasias que fazem as delícias do viver bem de quem apenas quer ficar boiando nesse maremoto de tolices e idiotices onde nos afogamos. Não morremos para, convenientemente, manter tal sistema, de escravidão...

Considerando que o PALHAÇO é justamente esse Coringa que tudo pode ser/fazer/pensar/sentir/agir pela Sabedoria da qual é o portador de luzes internas do es-clarecimento, por favor, façam-me de PALHAÇO, de Louco, de Pobre e Nojento, de Des-Possuído de Tudo com o Todo, Livre, de Super Consciente, de Super Homem, de Criança, de Aprendiz de Feiticeiro, de En-Chapelado Maluco, de Passarinhos na Cabeça, de Terapeuta da Alegria, de Sábio, de Encontrado no Mundo in-vestido da mais alta indignação e sabedor dos propósitos da mais profunda condição de ser nessa humanidade perdida de si mesma.

- “Eu Sou PALHAÇO! Então, não me faça de idiota!”

Essa deveria ou poderia ser nossa “santa afirmação” a-diante de tantas in-justiças ou desatinos, quando seguimos pelos caminhos não mais perdidos no mundo, re-vira-voltando, re-evolucionando com ele.

Eu tiro meu chapéu de guizos e sorrisos aos PALHAÇOS que re-encontro e, com eles e elas, sigo Louco da Silva subindo em árvores e montanhas, montado em Cometas,  rodopiando em luzes coloridas, Malabarista de Estrelas, E-macacado Bem-Olhador-Falador-Ouvidor de Corações, re-tirando o Mundo das costas e o chutando pro alto, Catador de Histórias, enfiando o pé pelas portas e abrindo janelas, entrando e  saindo para além das salas de aula até o arco-íris, fazendo mágicas com lápis-de-cores, soltando barquinhos de papel pelo universo, des-cobrindo o infinito noutro Espaço/Tempo, voando e me e-levando pelas e-ternuridades como cosmocidadão, “perdendo o senso”, per-vertendo tudo! O ser PALHAÇO é tudibão!

- “Eu Sou PALHAÇO, com muita honra!”
- “Por Amor e por favor, se façam de PALHAÇOS!”

Que assim seja!

Leo Nogueira Paqonawta

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