“Estão me fazendo de Palhaço!”... que assim
seja!
Discordo
totalmente quando as pessoas em se achando em estado de indignação se menosprezam
depreciando Aquele que É a Alegria Perfeita, colocando narizes vermelhos em
manifestações, apitando, postando aqui e ali ou escrevendo isso e aquilo em
cartazes contra alguma coisa:
-“Estão me
fazendo de palhaço!"
- “Não me
façam de palhaço!”
- “Tá achando
que sou palhaço?”
Ser PALHAÇO é
lindo!
Ser PALHAÇO é
Loucura Varrida e Voada, é ser Pobre e Nojento, é ser Aquele que tudo pode por
tudo crer na possibilidade e na luta pela transformação, pela revolução contra
as injustiças, pela re-evolução do próprio sentimento/pensamento por ações em
que se re-vira-voltam para re-voltar o Mundo aos eixos da dignidade.
O PALHAÇO dá
a cara e o nariz avermelhado como um grande coração ébrio de Amor e Paixão
aflorado no sorriso, para também chamar à co-moção aqueles que não se indignaram
internamente com a necessária força - e imprescindível boa-vontade - para sair
do lugar-comum das re-ações-contra-ações forçadas numa meia-atitude impulsiva que
não sai do limite do lugar-dos-idiotas, o “id”.
Freud explica!
As escolas e
as mídias estão aí, re-produzindo à exaustão os choques à moda dos tratamentos
des-humanos, eletro-cutucando as gentes para que se mantenham apenas dentro
desse limite de in-consciência do cidadão-comum cheio de direitos e deveres
obedecendo a cartilha do be-a-blá-blá-bla da sociedade democrática. Nossa
sociedadezinha adoentada de mens in-sana in corpore in-sanos vai (de)formando
em série todo ser humano que segue na onda das ilusões e fantasias que fazem as
delícias do viver bem de quem apenas quer ficar boiando nesse maremoto de
tolices e idiotices onde nos afogamos. Não morremos para, convenientemente,
manter tal sistema, de escravidão...
Considerando
que o PALHAÇO é justamente esse Coringa que tudo pode
ser/fazer/pensar/sentir/agir pela Sabedoria da qual é o portador de luzes
internas do es-clarecimento, por favor, façam-me de PALHAÇO, de Louco, de Pobre
e Nojento, de Des-Possuído de Tudo com o Todo, Livre, de Super Consciente, de Super
Homem, de Criança, de Aprendiz
de Feiticeiro, de En-Chapelado Maluco, de Passarinhos na Cabeça, de Terapeuta
da Alegria, de Sábio, de Encontrado no Mundo in-vestido da mais alta indignação e
sabedor dos propósitos da mais profunda condição de ser nessa humanidade
perdida de si mesma.
- “Eu Sou
PALHAÇO! Então, não me faça de idiota!”
Essa deveria ou
poderia ser nossa “santa afirmação” a-diante de tantas in-justiças ou
desatinos, quando seguimos pelos caminhos não mais perdidos no mundo,
re-vira-voltando, re-evolucionando com ele.
Eu tiro meu
chapéu de guizos e sorrisos aos PALHAÇOS que re-encontro e, com eles e elas,
sigo Louco da Silva subindo em árvores e montanhas, montado em Cometas, rodopiando em luzes coloridas, Malabarista de
Estrelas, E-macacado Bem-Olhador-Falador-Ouvidor de Corações, re-tirando o
Mundo das costas e o chutando pro alto, Catador de Histórias, enfiando o pé
pelas portas e abrindo janelas, entrando e saindo para além das salas de aula até o arco-íris,
fazendo mágicas com lápis-de-cores, soltando barquinhos de papel pelo universo,
des-cobrindo o infinito noutro Espaço/Tempo, voando e me e-levando pelas e-ternuridades como cosmocidadão, “perdendo o senso”, per-vertendo
tudo! O ser PALHAÇO é tudibão!
- “Eu Sou
PALHAÇO, com muita honra!”
- “Por Amor e
por favor, se façam de PALHAÇOS!”
Que assim seja!
Leo Nogueira Paqonawta
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